Menina cega de nascença, sem pupilas, abençoada por Padre Pio volta a enxergar!
Em 18 de junho de 1947 deu-se uma cura extraordinária, a de Gemma de Giorgi, de Ribeira, na Sicília. Nascera sem pupilas. Os médicos declararam que, naquele caso, nada podiam fazer.
Gemma era absolutamente cega. Seus olhos não tinham Pulipa. A Íris, um disco colorido com um orifício central (chamado de pupila) com a função de controlar a quantidade de luz que entra no olho: ambiente com muita luz faz fechar a pupila; ambiente com pouca luz faz dilatar a pupila. Exerce a função idêntica ao diafragma de uma máquina fotográfica.
Gemma di Giorgio nasceu na Sicília, na noite de Natal de 1939, e à medida que se desenvolvia seus pais começaram a perceber que havia qualquer coisa de anormal em seus olhos. Levaram-na ao médico da cidade que a examinou e aconselhou que procurassem dois grandes oftalmologistas da cidade de Palermo, na Itália. Estes verificaram que a menina nascera sem pupilas e estava condenada à cegueira para o resto da vida. Os pais ficaram muito entristecidos, mas não perderam a confiança na Providência Divina, que tudo pode.
Oração pela cura de Gemma
Uma história comovente que teria uma virada milagrosa quando a avó Maria, um dia, levou Gemma em um velho trem para ir a San Giovanni Rotondo.
“Gemma nasceu cega e cresceu na pequena casa camponesa em meio à dor silenciosa de seus pais. Vovó Maria, que a conduzia pela mão, falou-lhe da vida da qual foi relegada para longe, das formas, das cores”, escreveu o então repórter do jornal siciliano.
E acrescentou: “Gemma aprendeu as coisas que não tocava com a mão, pela voz da avó Maria: a carroça cujo chocalho argentino ela ouvia, o altar onde rezava, a Madona da igreja, o barco balançando na suave Mar de Agrigento… Em suma, para ela o mundo era feito dos sons que ouvia e das formas que o amor da avó Maria lhe sugeria.”
Uma história comovente que teria uma reviravolta milagrosa quando a avó Maria, um dia, levou Gemma num velho trem enfumaçado para ir a San Giovanni Rotondo, onde uma tia freira, que tinha visto Padre Pio em sonho e lhe contara, pediu-lhe o milagre da visão para sua sobrinha, obtendo – sempre em sonho – do frade a garantia de que o milagre aconteceria.
Durante a viagem para San Giovanni Rotondo , Gemma pediu à avó que olhasse pela janela.
“A menina falava devagar, atentamente, sobre as coisas que via e a velha seguia a sua conversa como uma boa fantasia reconfortante… Então de repente ela deu um pulo com os olhos bem abertos: Gemma gritou que viu um grande navio no mar com fumo e a avó Maria viu também, no azul Adriático, um navio a vapor que se dirigia para o porto”, lê-se no Giornale di Sicilia.
Mas a avó não deu muita importância a essas descrições, notando que os olhos da neta sempre estiveram sem pupilas, absolutamente necessárias para ver. Na realidade a menina teria começado a ver a partir de então.
Aqui está o que a própria Gemma disse às pessoas vários anos depois e até recentemente.
“Quando chegamos a San Giovanni Rotondo fomos nos confessar ao Padre Pio porque no dia seguinte eu faria minha primeira comunhão. Minha avó recomendou que eu lhe pedisse a graça da cura , mas esqueci. Porém, lembro-me que assim que me ajoelhei diante dele, o Padre tocou meus olhos, traçando um sinal da cruz”.
A avó pediu ao Padre Pio graça para Gemma: “Você mantém a fé, minha filha?” – respondeu o Padre – “Sim, eu tenho fé – respondeu a avó” e Padre Pio concluiu: “Se você realmente tem fé, não se preocupe porque a menina vê, e você sabe disso”.
Eles então voltaram e Gemma começou a ver cada vez melhor a cada hora, mas sua avó não conseguia explicar por que, se o milagre realmente aconteceu, suas pupilas não apareceram. Assim que chegaram a Cosenza, a avó passou mal e decidiu ir ao hospital.
“Tivemos que parar naquela cidade vários dias. Antes de partir novamente, minha avó mandou me examinar pelo oftalmologista do hospital – diz Gemma Di Giorgi – O médico disse imediatamente que naquelas condições eu não conseguia enxergar. Mas como a minha avó insistiu, submeteu-me a algumas experiências simples e no final o médico disse: “ É algo inexplicável : sem pupilas a pessoa não consegue ver. Não entendo por que essa garotinha vê.”
Posteriormente, vários médicos teriam notado – segundo o que Gemma e sua família dizem – que os olhos de Gemma não deveriam poder ver, mas apesar disso a mulher tem visão.
“O que estava acontecendo comigo não tinha explicações humanas. Desde então, minha visão continuou a melhorar. Pude frequentar a escola, aprender a ler e escrever e, graças ao Padre Pio, levo uma existência normal”, afirma Gemma.
Até essa reportagem, em 2021, Gemma Di Giorgi mora em Ribera, na província de Agrigento, e atualmente tem 85 anos.
Reconhecimento do Vaticano
O caso nunca foi levado em consideração pelo Vaticano , apesar de ser muito famoso também graças a diversas entrevistas televisivas do protagonista. No Cicap da Emilia Romagna, o Comitê Italiano para o Controle de Reivindicações sobre Pseudociências (uma associação que realiza investigações científicas sobre pseudociências, o paranormal, os mistérios e o incomum), algumas perguntas foram feitas.
“Mas antes de ir ao Padre Pio, ele viu ou não? Qual a data da viagem? , em que anos foi elaborado?
Se ela se recuperou completamente, por que ela sempre aparece na televisão com óculos escuros? E por que seus olhos rolam como se estivessem terrivelmente incomodados pela luz?
Os estudiosos do centro dizem que tentaram entrar em contato com Gemma Di Giorgi .
“A senhora nunca respondeu às nossas repetidas cartas. O telefone estava sempre desligado. Ao contactar os médicos soubemos que existem patologias raras com sintomas semelhantes aos declarados por Di Giorgi. Quando convidada a participar do Desafio de Randi, como portadora da cura sobrenatural, a senhora não se mostrou interessada. Todas as tentativas de submetê-la a um exame oftalmológico foram ignoradas.”
Ter-se-ia verificado também que dentro da ordem capuchinha existe um único documento do Padre Agostino de San Marco in Lamis (Superior ao santuário de S. Maria delle Grazie) no qual se anota, datado de 27 de junho de 1947, que «dias atrás Um senhor de Ribera (Agrigento) apareceu me contando que sua filhinha, que nasceu cega, ganhou visão graças às orações do Padre Pio. Eu disse àquele senhor para obter documentos de médicos e outras testemunhas que atestem o fato milagroso com fé juramentada.”
O pedido do Padre Agostino de 1947 permaneceu sem resposta até hoje.
“Perguntando ao Padre Marcello, atual chefe do Arquivo Capuchinho, o que pensa do caso, ele responde que entre os frades de Foggia “pouco se fala sobre o caso” porque o consideram pouco confiável”, conclui a investigação da Cicap.
Fonte: https://www.balarm.it/news/la-bimba-siciliana-senza-pupille-e-il-miracolo-di-padre-pio-la-storia-e-il-mistero-di-gemma-124131